O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21), às 7h35 no horário de Roma (2h35 em Brasília), em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. A morte foi confirmada pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell. Francisco, o 266º pontífice e primeiro papa latino-americano e jesuíta, deixa um legado marcado pela simplicidade, pelo compromisso com os pobres, o diálogo inter-religioso e a defesa do meio ambiente.


Desde o fim de março, após alta hospitalar por pneumonia, o Papa aparecera em público apenas duas vezes — a última durante a bênção Urbi et Orbi na Páscoa, onde, visivelmente debilitado, saudou os fiéis na Praça de São Pedro. Sofria de diversas complicações de saúde, como dores no quadril, problemas respiratórios e mobilidade reduzida, mas manteve uma agenda intensa até os últimos meses.


Francisco pediu que seu funeral fosse simples, com caixão de madeira e zinco, e desejava ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, rompendo com a tradição de enterros papais na Basílica de São Pedro. O Vaticano anunciou um funeral de nove dias e, posteriormente, a convocação de conclave para eleição de um novo Papa. Cerca de 80% dos cardeais eleitores foram escolhidos por Francisco.


Durante seu pontificado, Jorge Mario Bergoglio denunciou a guerra, o tráfico de pessoas e a desigualdade, além de implementar reformas na Cúria e no sistema financeiro do Vaticano. Apesar das resistências internas, defendeu o papel das mulheres e leigos na Igreja. Suas decisões progressistas — como a bênção a casais do mesmo sexo e críticas ao capitalismo selvagem — dividiram opiniões e provocaram forte reação de setores conservadores.


Francisco será lembrado como o "Papa do povo", com voz firme pelos marginalizados e um olhar atento às dores do mundo.

fontes: (com agências internacionais, vaticanews)

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